sábado, 3 de setembro de 2011

Diário coletivo.


O Refugio além de protocolar os encontros, tem também uma espécie de diário, onde o grupo coloca suas  impressões e opiniões sobre a vida, e sobre o desenvolvimento do processo de criação, os encontros e tudo mais do qual seja necessário. Mas diferente dos protocolos que servem como um 'marca-passo' do que estamos fazendo, o diário é nada mais que um lugar de desabafo, e é onde também deixamos questões a cerca das sensações que isso tudo proporciona. Chamamos de diário coletivo, porque diferente de um diário onde você escreve coisas pessoais e o deixa em total reservado, o diário do Refúgio é um espaço onde as pessoas autorizadas tem acesso, os refugiados, vocacionados e AO's que de alguma maneira são de importância para o desenvolvimento do nosso trabalho entre outras pessoas.


O que me motivou a falar sobre isso nessa postagem, é abrir um pouco mais de espaço desse diário e mostrar trechos do que está expresso nele aqui no blog, para que mais pessoas possam entender do que se trata. Já que só os Av's escrevem nesse blog, escolhi para postar textos do AO e do coordenador dessa equipe do Vocacional, Luiz Claudio. Textos que me chamaram muita atenção, e mexeram muito comigo...


"Os encontros sem a presença do AO é um lugar de construção de um discurso do grupo e afinado pela compatibilidade de ideias e a vontade de fazer. Hoje a Shirley não esteve presente. Fico pensando em trazê-la mais para perto, para um lugar de tomada de decisões, um lugar de embate. É claro o afinamento entre Bruna, Vitor e Mari, mas sinto a Shirley um pouco distante. (...) Acho que esse encontro entre os quatro pode ser mais potencializado. (...) Refugio no Caos? Refugiar-se de que? Qual o caos que me habita? Perguntas que não cessem, visto que toda investigação é um constante de levantamento de questões." 
João 09/11/2010


" -O grande desafio do 'Refugio no Caos' é compreender esse grau de abertura, visto que ainda é uma turma, e portanto, novas pessoas podem entrar nessa turma. (...)
  -Mas como utilizar a musica de forma a potencializar a cena? Achei que o recurso foi usado gratuitamente não cumprindo aquilo que poderia cumprir. Existem momentos que esse recurso pode ser mais bem explorado (...) "
Joaõ 28/05/11 


"Fico sempre me perguntando 1: "Qual a importância da memória? (...) As palavras voam, como as bolas que voavam pela sala ora batendo no nariz da Shirley, ora derrubando a câmera da Mari, ora parecendo uma bola de sabão, ora uma cabeça sem corpo, saltitante. CAOS. Mas por que caos? (...) Como mergulhamos no caos criativo , perceber as potencias (dele, minha e dos outros) e dar uma forma tão potente quanto para a minha criação? Fiquei pensando no sorriso do gato da camiseta da Mari, na voz da Bruna, na dança da Shirley no Beirut, no 'Ministério da saúde adverte: Cuidado com suas cabeças' que o Vitor falava para o 'publico', pensei na sala cheia de espelhos, pensei, pensei, pensei (...) Como essas formas se formam? De onde elas vêm? (...) Uma coisa que me deixa bastante curioso é saber como cada coletivo se organiza, produz. Qual é o modo de produção do Refugio no Caos? Qual a relação entre o Refugio no Caos e seu orientador?"
Luiz entre 18 e 26/06/2011

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